Principais ebooks em Português Brasileiro para O Retrato de Dorian Gray
Oscar Wilde escreveu poucos livros e entre eles há um único romance: "O Retrato de Dorian Gray". No entanto, esse fato não impediu que ele seja considerado um dos principais nomes da literatura do século XIX.
Na verdade, há três distintas versões da obra:
- A primeira, é o manuscrito original (março ou abril de 1890), recuperado e lançado somente há poucos anos¹.
- A segunda e mais frequente, foi publicada como folhetim em julho de 1890 e passou pela censura dos editores da Lippincott's Montly Magazine.
- A última, lançada em livro em 1891, um ano mais tarde pela Ward, Lock & Company, teve seu texto bastante alterado pelo próprio autor e, ao invés de treze, possui vinte capítulos. Os capítulos 3, 5 e 15 a 18, inclusive, são novos; e o capítulo 13 da edição de revista foi dividido, e tornou-se os capítulos 19 e 20 da edição do romance.
Em 1895, em seu julgamento, Oscar Wilde disse que revisou o texto de O Retrato de Dorian Gray, por causa de cartas enviadas a ele, pelo crítico cultural Walter Pater.
Tendo como cenário a Londres vitoriana, o romance tornou-se símbolo da decadência moral, chocando grande parte da sociedade que, aristocrática e hedonista, nele viu espelhados seus próprios defeitos. Especialmente, seu conteúdo homoerótico despertou grande polêmica: Mr. Wilde acabou preso, acusado de homossexualismo, um crime na época, e trechos do livro foram usados pela acusação durante o julgamento.
Remetendo ao mito de Narciso e a Fausto de Goethe, a história gira em torno de Dorian Gray, a personificação da vaidade. Amante de si mesmo, ele é capaz de cometer todos os pecados em nome da beleza e juventude, no entanto, ao se arrepender, descobre que para seus atos não há redenção.
"Não existe livro moral ou amoral. Os livros são bem ou mal escritos. Eis tudo." (Oscar Wilde)
Nota 1: A única edição do manuscrito original em português é de tradução do Jorio Dauster pela Editora Biblioteca Azul (2011), mas até agora não publicaram versão digital. Caso esteja interessado, indico "The Uncensored Picture Of Dorian Gray" da Harvard University Press. Disponível na Amazon e com inúmeros extras, é minha preferida.
José Eduardo Ribeiro Moretzsohn (L&PM Editores) - 2001
Este livro corresponde a versão de 1891.
Paulo Schiller (Penguin-Companhia) - 2012
Esse romance apresenta boa tradução de Paulo Schiller e corresponde a primeira publicação em livro (1891). Pouca divulgada, sem dúvida, atrai pela curiosidade, mas entre as três é a menos visceral e polêmica, inclusive, seu conteúdo homoerótico aparece amenizado.
Doris Goettems (Editora Landmark) - 2014
Essa versão bilíngue corresponde a publicação em folhetim (1890). Após cada capítulo em inglês, é apresentado o respectivo em português. Fábio Cyrino realizou uma impecável tradução, mas também merece destaque Doris Goettems cujos comentários são fundamentais para o entendimento do texto.
Texto escrito por Leila Gonçalves e adaptado.
Na verdade, há três distintas versões da obra:
- A primeira, é o manuscrito original (março ou abril de 1890), recuperado e lançado somente há poucos anos¹.
- A segunda e mais frequente, foi publicada como folhetim em julho de 1890 e passou pela censura dos editores da Lippincott's Montly Magazine.
- A última, lançada em livro em 1891, um ano mais tarde pela Ward, Lock & Company, teve seu texto bastante alterado pelo próprio autor e, ao invés de treze, possui vinte capítulos. Os capítulos 3, 5 e 15 a 18, inclusive, são novos; e o capítulo 13 da edição de revista foi dividido, e tornou-se os capítulos 19 e 20 da edição do romance.
Em 1895, em seu julgamento, Oscar Wilde disse que revisou o texto de O Retrato de Dorian Gray, por causa de cartas enviadas a ele, pelo crítico cultural Walter Pater.
Tendo como cenário a Londres vitoriana, o romance tornou-se símbolo da decadência moral, chocando grande parte da sociedade que, aristocrática e hedonista, nele viu espelhados seus próprios defeitos. Especialmente, seu conteúdo homoerótico despertou grande polêmica: Mr. Wilde acabou preso, acusado de homossexualismo, um crime na época, e trechos do livro foram usados pela acusação durante o julgamento.
Remetendo ao mito de Narciso e a Fausto de Goethe, a história gira em torno de Dorian Gray, a personificação da vaidade. Amante de si mesmo, ele é capaz de cometer todos os pecados em nome da beleza e juventude, no entanto, ao se arrepender, descobre que para seus atos não há redenção.
"Não existe livro moral ou amoral. Os livros são bem ou mal escritos. Eis tudo." (Oscar Wilde)
Nota 1: A única edição do manuscrito original em português é de tradução do Jorio Dauster pela Editora Biblioteca Azul (2011), mas até agora não publicaram versão digital. Caso esteja interessado, indico "The Uncensored Picture Of Dorian Gray" da Harvard University Press. Disponível na Amazon e com inúmeros extras, é minha preferida.
José Eduardo Ribeiro Moretzsohn (L&PM Editores) - 2001
Este livro corresponde a versão de 1891.
Paulo Schiller (Penguin-Companhia) - 2012
Esse romance apresenta boa tradução de Paulo Schiller e corresponde a primeira publicação em livro (1891). Pouca divulgada, sem dúvida, atrai pela curiosidade, mas entre as três é a menos visceral e polêmica, inclusive, seu conteúdo homoerótico aparece amenizado.
Doris Goettems (Editora Landmark) - 2014
Essa versão bilíngue corresponde a publicação em folhetim (1890). Após cada capítulo em inglês, é apresentado o respectivo em português. Fábio Cyrino realizou uma impecável tradução, mas também merece destaque Doris Goettems cujos comentários são fundamentais para o entendimento do texto.
Texto escrito por Leila Gonçalves e adaptado.
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